No trato com óleos lubrificantes, várias podem ser as causas de contaminação que prejudiquem o produto. Um elemento tão banal como a água, por exemplo, pode ser fatal para sua máquina se em contato com certos óleos lubrificantes, ocasionando oxidação. No entanto, o método de cor ASTM pode ser a sua salvação.
Só nos Estados Unidos, são estimados cerca de US$ 50 bilhões em perdas todo ano por conta de paradas na produção. Em grande parte, o que causou esse montante foi a falha de máquinas e equipamentos.
Como os óleos lubrificantes cumprem papel essencial em uma fábrica ou em qualquer cadeia produtiva, são elementos que devem ser sempre bem cuidados.
Falhas na sua aplicação, gestão e, principalmente, manutenção podem prejudicar o produto. O surgimento de borras, mudanças na viscosidade, perdas de propriedades e oxidação são alguns dos principais problemas relatados.
A grande dúvida de muitos gestores ou gerentes de fábrica é: há como evitar problemas como esse?
Em um cenário industrial, todas as execuções e equipamentos apresentam condições adversas. Fricções, torções, desgastes e corrosões acontecem. E isso pode, com certeza, influenciar na qualidade do óleo lubrificante utilizado.
Porém, há como evitar que problemas graves aconteçam e interrompam o funcionamento de uma máquina. Sim, a simples oxidação do óleo lubrificante pode arruinar um equipamento.
Como fazer isso?
O método de cor ASTM é uma técnica excelente, prática e simples, que pode dizer ao operador ou responsável sobre estado do lubrificante.
Entenda mais!
O que é a análise de cor ASTM?
O parâmetro de cor ASTM é um indicador visual que, por meio da leitura da cor do óleo lubrificante mineral (ou de outros produtos do petróleo), pode mensurar sua qualidade naquele momento.
Para isso, não é necessário o uso de solventes agressivos ou equipamentos muito tecnológicos. Ao contrário, é uma medida desenvolvida para ser feita de forma rápida, que indique se o óleo lubrificante está de acordo ou se possui algum problema, como a oxidação.
É possível também, ao analisar o óleo lubrificante, saber de acordo com a sua cor, se é produto novo de primeiro refino, ou um produto recuperado.
O método de análise de cor ASTM é realizado com um colorímetro fácil de manusear.
O equipamento atende à algumas especificações da ASTM (American Society for Testing Material), como D1500 e D1524. É igualmente utilizado pela ABNT, pela norma NBR 14483:2015 – Produtos de petróleo – Determinação da cor – Método do colorímetro ASTM.
Ele possui uma câmara de comparação de cores para ser utilizado como referência ao comparar com as cores das amostras coletadas. Assim, é possível avaliar a turbidez do óleo, identificando sua casa.
Umidade, logo, oxidação e outros materiais em suspensão podem ser a causa.
No caso da oxidação, o produto mostra um aspecto bem mais escuro que o normal.
Dessa forma, é possível identificar o problema diretamente no local da aplicação do óleo lubrificante — o que agiliza a sua resolução.Pode explicar sobre a oxidação, e alguns fatores que favorecem a oxidação e como evitá-los.
O perigo da oxidação nos óleos lubrificantes
Que os efeitos da oxidação nos óleos lubrificantes são graves você já sabe. Não por menos, é compreensível que o ambiente industrial provoque essa condição nesse tipo de produto.
Porém, como acontece?
O processo se inicia quando há a polimerização das moléculas orgânicas que compõem o óleo lubrificante. Assim, algumas das características originais do óleo mineral vão voltando ao “normal”.
Ou seja, os aditivos antioxidantes, por exemplo, param de agir.
A maior causa pode ser o contato do óleo com compostos oxigenados (como a água).
Outra característica bem importante quando o tema é oxidação é o TBN e TAN (Total Basic Number e Total Acid Number) do óleo lubrificante. Ele indica a quantidade de substâncias alcalinas no produto (em mgKOH/g).
Essas substâncias alcalinas são as responsáveis por neutralizar a ação dos ácidos (que contaminam o produto por conta da oxidação) no óleo.
O TAN, assim como a cor ASTM, se mede em uma escala de números. Para os óleos lubrificantes, consideram-se níveis perigosos (ou seja, que o óleo precisa ser substituído) quando o TAN atinge de 1,8 a 2,0.
Ao ser afetado pela oxidação, o óleo apresenta maior nível de compostos insolúveis e de acidez. Isso aumenta sua viscosidade e potencial corrosivo, ocasionando entupimento e acumulação de sedimentos no maquinário.
Como consequência, pode haver o desgaste de um componente e a queda da vida útil do óleo.
Em sistemas hidráulicos a escolha correta e a boa manutenção do óleo é vital. Nessas aplicações, oxidação promove o bloqueio de válvulas e demais circuitos, sobrecarregando todo o equipamento e aumentando sua temperatura.
A importância de conhecer as características do óleo lubrificante
O óleo é o que permite a maioria das execuções mecânicas de acontecerem. É o elemento que dá o diferencial às máquinas e equipamentos industriais.
Seja para você, seu operador ou o lubrificador industrial contratado, é importante que se conheça a fundo as propriedades dos óleos utilizados. Além disso, compreender as exigências de cada máquina e equipamento facilita todo o processo, principalmente a manutenção.
Como esse é um produto muito maleável, é essencial saber identificar quaisquer problemas diretamente no primeiro contato visual. Para isso, o método de cor ASTM é vital.
Dessa forma, você consegue visualizar se há indícios de oxidação que estejam prejudicando e reduzindo a eficiência do seu óleo lubrificante.
Assim, a substituição do produto pode ser feita na hora, sem esperar por maior danos no seu maquinário.
Além disso, as análises de cor ASTM podem ser adotadas como procedimentos de manutenção preditiva. Com verificações distintas, é possível manter as máquinas em um alto e constante nível de produtividade.
Ou seja, são menos custos com paradas indesejadas e equipamentos desgastados.
Entender sobre o método de cor ASTM é só uma das etapas por trás da leitura de qualidade de um óleo de lubrificação. Há vários outros fatores que importam.
Um deles, que recomendamos que você conheça mais, é o índice de viscosidade.
Restou alguma dúvida sobre a análise de cor ASTM? Estamos aqui para ajudá-lo! Deixe um comentário abaixo.