Erros no uso de óleos solúveis que você não pode cometer

Entre os erros no uso de óleos solúveis mais comuns estão a escolha estritamente baseada no preço e a gestão incorreta do fluido lubrificante na fábrica. Ou seja quase todos podem ser evitados ou, pelo menos, minimizados a ponto de não causar impactos negativos na linha de produção.

Ainda que pequenos, esses enganos podem causar grandes prejuízos. Isto ocorre porque o que parecem pequenos detalhes tomam grandes proporções devido à escala em que os óleos solúveis são utilizados.

Veja no post a seguir quais são os equívocos mais comuns no uso de óleos solúveis, o que isso causa e como evitá-los na sua rotina produtiva.

Baixa concentração de óleo solúvel

Um dos erros no uso de óleos solúveis é a utilização com baixa concentração do lubrificante. O que isso ocasiona são problemas como o aumento da contaminação do óleo por bactérias, o que causa mau cheiro e compromete o desempenho do óleo. 

Uma das funções mais importantes do lubrificante é reduzir o atrito sólido entre a peça a ser usinada e a ferramenta. A falta de lubrificação, portanto, aumenta o desgaste das ferramentas, o que também significa maior custo operacional no processo de usinagem.

Outra função essencial do óleo solúvel para usinagem é a proteção contra a oxidação e refrigeração térmica. Assim, a falta de lubrificante expõe as máquinas à perda de vida útil e a falhas, ocasionando uma reação em cadeia de mau funcionamento, gerando mais partículas e excesso de calor.

Esse sobreaquecimento, por sua vez, significa maior gasto de energia para o desempenho da mesma função. Com a máquina operando em condições inadequadas, a perda da qualidade do produto final é inevitável.

Para evitar esse equívoco, é importante ter uma rotina de lubrificação correta e usar as recomendações do fabricante e do manual do usuário da máquina. O monitoramento periódico da concentração de óleo solúvel presente na máquina, também, é essencial.

Concentração excessiva de óleo solúvel

Mais lubrificante nem sempre é melhor. O famoso ‘pecar pelo excesso’ pode ter consequências negativas sobre o mecanismo.

O excesso de óleo solúvel para usinagem pode implicar no surgimento de vários efeitos negativos tais como: produção de névoas e doenças do trabalho como dermatites, doenças respiratórias dos trabalhadores e gasto excessivo de óleo solúvel.

Para evitar esse problema, certifique-se de verificar periodicamente a concentração do óleo solúvel para usinagem. Se estiver em excesso, tome providências o quanto antes para reduzi-lo.

Dica: Utilize um refratômetro portátil para verificar a concentração do óleo solúvel em suas máquinas. Clique aqui para aprender sobre a correta utilização do refratômetro portátil para verificar a concentração de fluidos solúveis.

Escolha incorreta dos óleos solúveis

Cada operação industrial tem suas especificações. Por isso, não existe um lubrificante universal, e cada caso é um caso. É muito comum que, no decorrer das atividades diárias, com a pressa de executar as tarefas rotineiras e por falta de orientação técnica adequada ocorram erros na escolha dos óleos solúveis.

O que isso pode ocasionar é a perda da garantia do fabricante do equipamento e falha nos equipamentos. Para fazer uma boa escolha, conheça bem qual o tipo de lubrificante industrial ou fluido de corte é recomendado para o tipo de processo ou máquina em que você pretende aplicar o óleo.

Para resolver esse problema, o primeiro passo é ter em mãos o processo de usinagem que executa, tipos de materiais usinados e entrar em contato com o fabricante de óleo solúvel de sua confiança.

Como comentado, é difícil um óleo solúvel para corte que seja universal para todas as operações e metais, porém o objetivo é sempre otimizar a escolha para que as operações de usinagem sejam executadas de forma satisfatória.

Os funcionários, também, devem estar bem informados quanto a essas recomendações e aos impactos negativos que não segui-las ocasiona na linha de produção.

Estocagem inadequada

A estocagem é um ponto muito sensível na manutenção de óleos industriais. De modo geral, os locais de armazenamento devem ter condições de temperatura, umidade e arejamento adequadas ao tipo de produto que se pretende estocar.

Isto porque o calor excessivo ocasiona a degradação do óleo, especialmente do pacote de aditivos. Similarmente, um armazém sem controle de umidade pode significar a contaminação do óleo com água, no caso dos óleos integrais, que é uma das principais causas de degradação e oxidação do óleo industrial integral.

Outro problema na estocagem é a desorganização. O que isso acarreta é a dificuldade de manter o controle quanto aos prazos de validade de cada produto. Com isso, um produto com prazo de validade mais recente pode acabar sendo utilizado antes do mais antigo, que pode se perder – ou seja, dinheiro jogado fora.

Assim, planeje seu estoque antes de adquirir novos óleos para assegurar que não haja perdas por causa do prazo de validade vencido, excesso de calor ou contaminação por água e partículas.

Má higiene nas máquinas de usinagem

Um erro bastante desagradável que tem impactos negativos sobre a linha de produção inteira é a falta de higiene nas máquinas de usinagem. O que isso causa é a contaminação do óleo solúvel, que é a principal fonte de problemas e maus-funcionamentos nas máquinas industriais hoje.

A contaminação do óleo solúvel causa, além de sua degradação, maior desgaste entre as partes móveis das máquinas, já que compromete suas propriedades físico-químicas iniciais. Então, toda a recomendação técnica para aquele óleo fica prejudicada, diminuindo a vida útil da máquina e do produto.

Para evitar esse problema, a limpeza periódica das máquinas deve fazer parte de um planejamento de manutenção preditiva. Análises de óleo periódicas também contribuem para a manutenção da higiene tanto das máquinas quanto do próprio óleo, assim como o uso de filtros.

Escolha do lubrificante apenas pelo preço é um dos erros no uso de óleos solúveis mais comuns

O último, porém não menos importante, dos erros no uso de óleos solúveis é a escolha baseada apenas no preço. A escolha dos fluidos de corte e dos lubrificantes deve buscar o equilíbrio entre o cumprimento da função técnica, a segurança do trabalho, a otimização do recurso e o orçamento disponível.

A escolha do lubrificante só pelo preço pode ter várias repercussões negativas no médio e longo prazos. Ou seja, o que saiu barato no curto prazo, pode se tornar caro no médio e no longo prazos. Por isso a escolha dos óleos industriais deve ser feita sempre com base em negociações entre os setores financeiro e técnico da empresa.

Assim, evitar os erros no uso de óleos solúveis não é difícil, mas os impactos são enormes. Ao criar uma cultura de atenção ao detalhe, os custos com a lubrificação podem reduzir e a qualidade aumentar. 90% desses problemas se deve à contaminação, que podem ser evitados com o treinamento da equipe.

Quer saber mais? Então leia o artigo como escolher o melhor óleo solúvel para usinagem.