O consumo de energia na produção de papel é uma das principais preocupações dos gerentes de produção de plantas de celulose. Ao longo do processo de produção de papel, uma enorme quantidade de energia é utilizada para a ativação das reações químicas necessárias.
O setor de Papel e Celulose é tanto um grande consumidor quanto produtor de energia. Justamente por causa desse perfil, há muitas possibilidades ao longo da linha de produção de papel para reduzir o consumo de energia. Quer saber mais? Acompanhe!
Como é o processo de produção de papel
O que chamamos de papel é, na verdade, uma união entre fibras vegetais. O papel é produzido a partir de uma suspensão de fibras vegetais que, antes de se unirem para compor a folha formada, foram desintegradas, refinadas e depuradas. Alguns papéis passam etapas adicionais, como a fase de branqueamento. Outros não, como o papel kraft (papel pardo).
O processo de fabricação de papel começa no plantio florestal. Uma vez colhidas as árvores especificamente plantadas para essa finalidade, elas são descascadas e picadas. Após um processo de classificação, os cavacos são destinados a um digestor para a formação dos fardos de celulose.
A fabricação do papel em si, portanto, inicia no preparo dos fardos de celulose. Para isso, as fibras vegetais são desagregadas e é formada a polpa. Nessa etapa, também, a celulose pode passar ou não pelo branqueamento.
Após esta fase, a celulose é lavada para a remoção do excesso de aditivos químicos e, então, encaminhada para a máquina de papel propriamente dita. Esse processo produz aparas, que podem ser reconduzidas ao processo de formação de polpa. Ao passar por uma etapa de refino, a polpa das aparas é incluída também na máquina de papel.
Onde são os principais pontos de consumo de energia
A produção de papel consome grande quantidades de energia em todas as etapas. O setor de celulose e papel tem um consumo intensivo de energia, responsável por mais de 4% da demanda por eletricidade no país.
No âmbito da produção de papel, o processo é dividido nas seguintes etapas:
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Seção de formação (fase úmida);
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Seção de prensagem (fase úmida);
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Seção de secagem;
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Seção de acabamento;
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Seção de enroladeira;
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Seção de rebobinamento;
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Seção de acabamento e embalagem;
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Seção de armazenamento e transporte.
Assim, a fase de formação da folha é a que consome maior quantidade de energia (cerca de 40%). Em seguida, vem o preparo da massa, com cerca de 30%. Dessa forma, as medidas para redução de consumo de energia devem focar nesses dois pontos críticos.
O que fazer para reduzir o consumo de energia na produção de papel
As fases críticas no processo de fabricação de papel são as de formação da folha e as de preparo da massa. Portanto, as ações devem concentrar-se no aumento da eficiência energética desses dois processo.
Use enzimas eficientes
A fase de preparo da massa é responsável por cerca de 30% do consumo de energia na fabricação do papel. Uma das razões é a necessidade de digestão e branqueamento. Esta etapa requer o uso de enzimas específicas para a quebra da lignina.
Por esse motivo, uma das formas de aumentar a eficiência energética é usar enzimas de melhor qualidade. Além de reduzir o consumo de energia, o uso de enzimas eficientes traz como benefícios:
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Incremento da capacidade de refino, pois promove maior vazão de massa;
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Aumento da vida útil dos discos;
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Melhor formação da folha;
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Menos danos nas fibras.
Faça a regulagem dos equipamentos
Uma primeira medida a ser realizada, antes mesmo da opção por novos equipamentos ou produtos enzimáticos para o refino de papel e celulose, é realizar regulagem dos equipamentos atuais.
Com o uso, as máquinas se desgastam e se desregulam, o que pode causar perdas significativas de eficiência energética. Quanto maior o custo de produção, menor a margem de lucro.
Substitua motores e lâmpadas
Em grande parte das plantas de produção de papel e celulose do Brasil e da indústria como um todo, há quantidades significativas de equipamentos obsoletos. Além da perda de eficiência que ocorre naturalmente com o tempo, máquinas antigas não têm peças de reposição e, acima disso, não foram projetadas para serem eficientes.
O mesmo vale para lâmpadas. Existem modelos hoje que, ainda que possam ser mais caros, compensam a aquisição pela redução no consumo de energia que elas trazem. Assim, avalie a situação das máquinas atualmente e tome providências para atualizar os equipamentos e, assim, trazer maior eficiência para a fábrica.
Escolha bons produtos para a limpeza dos equipamentos
A etapa de limpeza periódica dos equipamentos de uma fábrica de celulose é um enorme empreendimento. Durante as paradas na produção, grandes quantidades de produtos de limpeza específicos são utilizados.
Além das enzimas utilizadas para tratamento de efluentes que saem da fábrica, há compostos para a adequação da água de processo em circuito fechado. Em ambas as situações, o uso de produtos de boa qualidade e biodegradáveis melhora tanto a produtividade quanto a sustentabilidade da empresa.
A limpeza dos equipamentos assegura, também, a qualidade do produto final. No caso do papel, a brancura é essencial para assegurar seu valor de mercado. Por essa razão, é necessário manter devidamente higienizado todo o processo produtivo, eliminando quaisquer restos de amido ou lignina que possam ter ficado para trás na digestão ou despolpação.
Assim, é possível reduzir o consumo de energia ao mesmo tempo que se usam materiais mais eficientes e ambientalmente menos agressivos. Além de reduzir os custos com manutenção, enzimas de boa qualidade otimizam a produção e melhoram o fluxo de trabalho na fábrica de papel. Com isso, a empresa também irá melhorar seus indicadores ambientais e reduzirá sua pegada ambiental.
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