O óleo lubrificante é o “sangue das máquinas”. Uma vez que suas funções são múltiplas, tanto o tipo quanto a qualidade do lubrificante devem ser escolhidos e monitorados atentamente. Em última análise, o bom estado dos fluidos de máquina será responsável pelo desempenho e longevidade dos equipamentos. Dessa forma, é muito importante escolher o fluido mais adequado, caso a caso. Conheça a seguir como escolher o tipo certo de óleo lubrificante industrial para sua empresa.
Quais tipos de óleo lubrificante existem?
Antes de determinar qual o tipo ideal de óleo lubrificante para a sua necessidade, é importante conhecer alguns aspectos básicos sobre eles.
1. Óleo lubrificante mineral
São provenientes do petróleo cru. Constituem-se numa mistura de hidrocarbonetos e, de modo geral, apresentam boa viscosidade. Podem ser parafínicos ou naftênicos. Lubrificantes de base parafínica, tais como o óleo lubrificante para engrenagem, tendem a resistir melhor às oscilações de temperatura, oxidando lentamente e não alterando significativamente sua viscosidade. Já os naftênicos, dadas suas propriedades físico-químicas, costumam ser usados em lubrificantes submetidos às baixas temperaturas. Por fim, existem os óleos minerais de base mista, que, como o nome sugere, são uma mistura entre os parafínicos e naftênico, em proporções convenientes.
Os óleos hidráulicos, de barramento, de engrenagem e alguns óleos para compressores são exemplos desse tipo de óleo.
2. Óleo lubrificante sintético
Produzidos artificialmente, os lubrificantes de origem sintética, em geral, têm boa qualidade no que tange à relação viscosidade/temperatura. Isto é, a viscosidade varia pouco com a temperatura. Costumam ter aplicações mais específicas, como é o caso do óleo para compressores, engrenagens e redutores. Assim, os óleos sintéticos podem ser:
- Hidrocarbonetos sintéticos, que são óleos minerais submetidos à sintetização, processo que os deixa menos suscetíveis à oxidação;
- Poliolésteres: são usados em lubrificantes mais refinados, tais como óleos hidráulicos, fluidos de freios e fluidos de corte;
- Diésteres: muito usados em turbinas de aviação civil, são os grupos de óleos e graxas feitos a partir da ligação entre ácidos e álcoois, com perda de moléculas de água. São muito resistentes à temperatura extremas e são os mais consumidos dentre os óleos sintéticos;
- Óleos de silicone: altamente resistentes, os principais grupos usados para lubrificantes são os fenil-polisiloxanes e metil-polisiloxanos. Alguns são misturados a outros produtos químicos para melhorar as propriedades físico-químicas da solução;
- Poliésteres perfluorados: são os óleos de flúor e fluorclorocarbonos. Ainda que tenham grande estabilidade química, em temperaturas elevadas (acima de 260ºC), podem liberar vapores tóxicos. Assim, no caso de um incêndio, podem ser perigosos.
3. Óleo lubrificante semissintético
Os óleos semissintéticos são assim chamados porque misturam óleos naturais aos sintéticos. Conforme mencionamos anteriormente, alguns óleos têm propriedades melhores que outros. Porém, no caso de óleos sintéticos, eles podem ser muito caros, tornando-se economicamente inviáveis. As misturas, portanto, são feitas conforme a propriedade que se deseja melhorar, balizando-as na relação custo-benefício que podem proporcionar.
Como escolho o tipo adequado de óleo lubrificante?
A decisão pelo melhor lubrificante é uma decisão de múltiplas facetas, que pode se tornar complexa. Porém, a tomada de decisão pode ser resumida nos seguintes pontos: aspectos técnicos e aspectos financeiros.
1. Aspectos técnicos
É imprescindível que seja estabelecido um padrão mínimo de qualidade de referência em sua indústria. Essa ação tem como benefício encontrar os limites de negociação entre o setor financeiro e as concessões possíveis do departamento técnico. Ainda que o corte de custos seja sempre uma meta nas empresas, nem sempre ela se mostra interessante em médio e longo prazo. Assim, consulte sua equipe e busque consenso para estabelecer essa margem de manobra razoável, de modo a não comprometer a qualidade do produto final, nem a segurança no ambiente de trabalho.
É importante que você esteja informado a respeito das tendências tecnológicas, normativas e ambientais. Uma vez que os lubrificantes estão cada vez mais caros, gestores responsáveis pelas máquinas industriais têm buscado formas mais racionais de consumo.
Diante disso, os técnicos precisam estar sempre atentos às transformações tecnológicas oriundas das decisões políticas e ambientais.
De modo geral, esses são os aspectos que se deve buscar ao se adquirir um óleo lubrificante:
Manutenção: o que se almeja com as máquinas é diminuir os tempos de paradas e o aumentar os períodos de serviço, sem necessidade de manutenção. Assim, ainda que um óleo possa parecer mais caro inicialmente, é necessário fazer as contas para saber se ele não é mais barato em longo prazo. Isso porque o custo de operação é fixo. Sendo assim, máquina parada é prejuízo certo. Outro aspecto importante diz respeito à facilidade de troca e descarte. No caso de óleos que não sejam biodegradáveis, o custo do descarte pode ser elevado, o que anula uma eventual economia inicial.
Vida útil do equipamento: o raciocínio, neste caso, é semelhante ao da manutenção: é necessário um cálculo para saber se, de fato, a economia é efetiva ao longo do período de uso da máquina. Com o surgimento dos conceitos de qualidade, durabilidade e confiabilidade, hoje se busca um prolongamento da vida útil dos equipamentos e dos produtos. Um fator simples que nem sempre é observado é considerar a recomendação do fabricante para aquisição do tipo correto de lubrificante. Consulte sempre o manual de instruções da máquina.
2. Aspectos financeiros
Uma vez conhecidos os limites, busque a melhor relação custo-benefício. O cenário mercadológico atual para as indústrias é desafiador. Em função disso, é preciso cada vez mais de planejamento estratégico na indústria. A análise de custo-benefício deve sempre levar em conta a segurança e os padrões mínimos de qualidade.
Assim, a escolha do tipo certo de óleo lubrificante industrial deve ser feita caso a caso. É importante levar sempre em conta os aspectos técnicos e financeiros, buscando a melhor relação benefício custo, sem comprometer a qualidade e segurança da operação.
E então, gostou dessas dicas para escolher o melhor óleo lubrificante para suas máquinas? Então, não deixe de ler também nosso artigo sobre óleo integral para rosqueamento.
A manutenção bem feita das máquinas é fundamental para o bom desempenho.
Com certeza, Daniel!
Quanto mais a manutenção for bem feita as maquinas terão sempre um bom funcionamento e bom desempenho.
Olá Paulo!
Sem dúvidas! Obrigado pelo comentário!
Saudações Biolub!